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Com um estilo contemporâneo e perfil elegante e intenso, mostra o carácter de talhões seleccionados e bem definidos.
O Inverno muito seco e as temperaturas acima da média, na Primavera e no Verão, determinaram o início adiantado da vindima. Apesar das temperaturas elevadas, não houve calores extremos e, durante a vindima, o tempo manteve-se seco, proporcionando uma qualidade notável da uva, que se traduziu em vinhos de aromas frutados, intensos e persistentes.
GEOLOGIA DO SOLO
Natureza granítica de transição para xistosa, estrutura franco-argilosa.
IDADE DAS VINHAS
10 anos
Colheita em separado de cada casta, desengace, esmagamento, fermentação alcoólica em cubas de inox com temperaturas controladas (22.º a 25.ºC), prensagem, seguindo-se a fermentação maloláctica em cuba de inox.
Parte do lote estagiou em cubas de inox e a outra parte em madeira de carvalho francês durante 6 meses. Após o engarrafamento, seguiram-se mais 6 meses de estágio em garrafa.
No século XIII, D. João de Aboim, descendente de Egas Moniz e figura central no tempo do rei D. Afonso III, formou, a partir de vários territórios doados pelos concelhos de Monsaraz e de Portel, a Defesa do Esporão – uma das mais antigas propriedades no Sul de Portugal.
As Defesas eram grandes propriedades coutadas, defendidas das pastagens de gado vindo de outras paragens, e estão directamente ligadas à formação de Portugal, no período da reconquista cristã do Sul. Exemplos de sistemas agrosilvopastoris, as Defesas caracterizavam-se por uma diversidade de utilização. Derivando do bosque mediterrânico, as Defesas conquistaram, nesses tempos fundadores, terrenos aos bosques para pastagens.
A Defesa do Esporão foi um dos grandes exemplos deste tipo de propriedades ligadas à formação de Portugal. A sua delimitação por carta de finais do século XIII, guardada na Torre do Tombo, permanece até hoje inalterada com séculos de práticas agrosilvopastoris, baseadas na conservação da biodiversidade e numa multifuncionalidade que o Esporão continua hoje a eleger como boa prática na protecção do nosso ecossistema.
David Baverstock e Luís Patrão
Aspecto límpido, cor rubi intenso.
Fruta vermelha e madura que lembra ameixas. Mistura-se com os apontamentos das bagas azuis, contributo da Touriga Nacional.
Intenso e de textura sedosa, sustentada em taninos fundidos, que conduzem a um final longo e elegante.