
Rapidamente, passaram-se dois meses entre a minha chegada e o final da colheita. Ajudou muito o acolhimento que tive de todos. Senti-me desde inicio completamente integrado com toda a equipa e foi muito importante sentir que estávamos em sintonia, alinhados e a com mesma vontade de levar este projecto para a frente.
Após a vindima, começou o novo ano vitícola, que tive a oportunidade de acompanhar desde o início. Foi um ano de entrar dentro de todos os processos da vinha, conhecer melhor cada um dos talhões, cada uma das parcelas e perceber como podíamos potenciar a expressão e identidade de cada terroir. Destaco o mapeamento e identificação dos diferentes terroirs da Quinta que foi feito este ano. Foi muito importante porque além de nos dar a confirmação da diversidade da Quinta, trouxe-nos uma boa base de trabalho para os próximos anos.
Os novos vinhos já são resultado desse intenso trabalho. Quando entrei, havia vontade de aumentar o portfolio e isso acabou por acontecer de uma forma muito espontânea e natural. Num ano de adaptação e descoberta, foi muito compensador ter tido a oportunidade de acompanhar todo o processo desde a vinha ao lançamento dos vinhos.
Agora que os novos vinhos estão no mercado e o ano vitícola recomeça, sei que ainda há muito para explorar em Murças. Este ano abrimos várias janelas para o Futuro mas ainda há muito por descobrir. É um trabalho que vai demorar o seu tempo, mas acredito muito neste projecto e é com orgulho que faço parte desta história.”