Entre muitas visitas ao Douro e passeios por aqueles vales e montanhas, encontrámos a Quinta dos Murças. De todos os lugares que visitámos, este foi o que melhor correspondeu ao que procurávamos – uma Quinta com boa localização, na margem direita do rio Douro, no início da sub-região do Cima-Corgo, zona mais fresca. A diversidade da quinta, ao nível da biodiversidade, das diferentes altitudes e exposições solares, e a sua história também foram fundamentais.
Hoje, quase passados 10 anos desde que para lá fomos, estamos mais perto de conseguir vinhos com o perfil que tínhamos idealizado, mais elegantes e autênticos. Durante este tempo, temos vindo a descobrir muito sobre a Quinta e, em simultâneo, a perceber que há ainda muito por descobrir.
A história do Esporão no Douro ainda é recente quando comparada a tudo o que já vivemos no Alentejo. Talvez por isso ainda seja uma ligação menos evidente para alguns. No entanto, aquilo que aprendemos no Alentejo, levámos connosco para o Douro e contribuiu em muito para chegar onde chegámos. O enólogo David Baverstock acompanhou este projecto desde o início, como responsável pela enologia também da Quinta dos Murças:
«Em 2014, voltámos a olhar para o projecto e percebemos que era muito difícil eu dar rosto ao projecto de Murças com o peso e trabalho que a própria Herdade do Esporão tinha para mim. Optámos por encontrar um outro enólogo. José Luís Moreira da Silva entrou em 2015, e tem sido fundamental para termos alguém 100% focado no projecto».