Para conseguirmos concretizar este desafio fomos adaptando as nossas práticas culturais a essa realidade. Criámos linhas de água de drenagem nos talhões de vinha para que pudéssemos escoar o excedente de água e assim evitar a compactação do solo com a passagem das máquinas. Porque se o solo estiver muito húmido, a compactação é muito maior e, ao mesmo tempo, retiramos o excesso de água das parcelas que nos ajudam a evitar o aparecimento de doenças, principalmente os fungos. Ao conseguirmos reduzir o aparecimento destas doenças aplicamos menos produtos fitossanitários, o que acaba por se traduzir numa maior qualidade do produto.
Também para reduzir as pragas, no Verão introduzimos os enrelvamentos que permitem que os auxiliares da cultura se fixem, e criámos sebes de protecção na vinha.
A criação do Campo Ampelográfico foi também muito importante para conseguirmos perceber quais as castas que melhor se adaptam a todas estas alterações climáticas. Uma área com 189 variedades que instalámos para estudarmos a resistência das pragas e doenças que normalmente se desenvolvem na herdade. Ao adquirirmos esse conhecimento, podemos melhorar o nosso encepamento, que é uma grande ajuda na produção de vinhos de qualidade».