Álvaro Mendes de Vasconcelos vinha de uma família nobre em ascensão ligada à poderosa Casa de Bragança – era cavaleiro da casa do Duque de Bragança e regedor da cidade de Évora. Entende-se, assim, a construção da Torre do Esporão como uma necessidade de afirmação da nova linhagem que, entre outros sinais, tinha por hábito erguer uma torre ou casa forte como verdadeiros símbolos da sua afirmação na sociedade. A função primeira deste tipo de torres era a de habitação, mas nos finais do século XV as que existiam em Portugal dificilmente serviriam de morada permanente, uma vez que as suas dimensões eram muito reduzidas. Podiam também ter sido refúgios seguros para pessoas e bens, em caso de extrema necessidade. Mas, antes de tudo, eram um símbolo de senhorio e poder militar.
Desenhando um quadrilátero de 14,4m por 10,9m, a planta da Torre do Esporão apresenta dimensões pouco usuais – é relativamente mais larga, quando comparada com construções antecedentes ou mesmo contemporâneas. No entanto, mais tarde, acabou por servir de modelo a outras torres, o que demonstra bem a influência que teve em posteriores construções no Alentejo.
Hoje, a Torre do Esporão é o símbolo dos vinhos da Herdade do Esporão, tendo recuperado a sua antiga grandeza e relevância. É o edifício mais importante e representativo de todo o conjunto que compõe a Herdade do Esporão.
No rés-do-chão da Torre pode visitar o Museu Arqueológico, onde estão expostos diversos achados do Esporão e peças do Povoado dos Perdigões.