Herdade do Esporão: Do Passado ao Presente

Herdade do Esporão: Do Passado ao Presente

A Herdade do Esporão é a nossa casa-mãe. O lugar onde tudo começou e o onde o sol continua a pôr-se com a mesma beleza há 750 anos.
Entre suaves planícies, vales profundos escavados por ribeiras intermitentes, campos de cereais, vinhas e olivais encontramos a Herdade do Esporão. Num retrato típico do Alentejo, a poucos quilómetros de Lisboa e junto à histórica cidade de Reguengos de Monsaraz onde os montes e as casas caiadas marcam a paisagem e guardam em si a memória de uma vivência. Uma vivência que nasce na pré-História com as antas e dolmens e que foi progredindo pelas mãos dos iberos, romanos, visigodos, muçulmanos e outros tantos que por aqui passaram.
Em 1267, os limites geográficos da Herdade do Esporão (inicialmente Defesa do Esporão) foram, finalmente, definidos e até hoje, mantêm-se praticamente inalterados.
Soeiro Rodrigues, juiz da cidade de Évora, terá sido um dos primeiros proprietários, seguido do mestre de Santiago Rodrigues de Vasconcelos, do Morgado D. Álvaro Mendes de Vasconcelos e os condes de Alcáçovas.
Durante esta época, no centro da Herdade do Esporão, ergueram-se três monumentos históricos: a Torre do Esporão, um símbolo de afirmação na sociedade e demonstração de poder militar, é uma das torres mais importantes na ilustração da transição da idade medieval para a idade moderna em Portugal; o Arco do Esporão e a Ermida da Nossa Senhora dos Remédios, ligada a um intenso e devoto culto na região que leva as gentes da aldeia vizinha das Perolivas em procissão sempre que a chuva tarda em chegar.
Em 1973,  José Roquette, o actual proprietário, e Joaquim Bandeira compram a Herdade do Esporão e iniciaram, juntos, uma história que ainda hoje se escreve. Em 1985, realiza-se a primeira colheita que acaba por dar origem à marca Esporão e ao nosso primeiro vinho, o Esporão Reserva Tinto. Oito anos depois, começamos também a produzir azeites.
Nasceram novas vinhas e renovaram-se antigas. Criámos um Campo Ampelográfico com 189 tipos de castas para estudo de comportamento. Fomos descobrir mais sobre o nosso terroir e encontrámos sete tipos de solo diferentes em toda a herdade. Percebemos que cada solo, cada casta, cada talhão, cada parcela e cada vinha tinham de ser cuidados de forma individual e olhados com detalhe. E o mesmo aconteceu no nosso Olival dos Arrifes. Aprendemos muito sobre a herdade, crescemos em conhecimento, técnicas e em todo o trabalho desenvolvido no campo, até chegarmos, hoje, a uma agricultura biológica.
Na adega, aplicaram-se novas técnicas e construíram-se novas infraestruturas para elevar o nível dos nossos vinhos. Primeiro, a Adega dos Lagares, uma adega para vinhos tintos de topo, onde hoje o passado e o futuro andam de mãos dadas entre talhas de barro, lagares de mármore e túlipas de betão. Mais tarde, acabou por nascer também um lagar equipado para fazermos os melhores azeites e hoje, a finalizar-se, está um nova adega de brancos.
Desenhámos e demos vida a um Enoturismo, que amplifica a experiência que é visitar este lugar. São já milhares de pessoas que por cá passam todos os anos e desfrutam da paisagem, das caves e adegas, dos nossos vinhos e azeites, da gastronomia, da cultura da região, e acima de tudo saem daqui a fazer também parte desta história.
Quem passou, quem ainda está para vir, quem trabalhou e quem hoje trabalha, não há como ficar indiferente a este território de vinha, olival e outras culturas. São 40 tipos de castas e quatro tipos de variedade de azeitona que se estendem até às nossas mesas.
São muitos anos de história que os números não conseguem contar mas que a cada visita, a cada copo de vinho e a cada fio de azeite, vamos desvendando mais um pouco. São 750 anos de um território. E ainda há tanto para descobrir.
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