Mantendo as características da casa original, com a grande varanda a sudeste, virada para o rio, e um jardim a sudoeste, com piscina, foi alterada a sua tipologia e divisão de forma a permitir ter uma sala maior e suites.
Também o edifício de escritórios, independente da casa principal, está renovado. No piso térreo, ao nível da casa, estão os escritórios, com duas salas e pequenos arrumos. O piso superior com ligação pelo refeitório à casa dos caseiros funciona com três quartos para receber os estagiários na altura das vindimas.
Segundo o arquitecto responsável, João Botelho, «A intervenção proposta é regrada pela vontade de recuperação do património construído e a consequente valorização da paisagem onde esta se insere. A proposta procura devolver a integridade a uma estrutura que se apresentava comprometida pelo mau estado de conservação, introduzindo melhores condições de habitabilidade».
«O nosso projecto incluiu o mobiliário que o Esporão conseguiu recuperar, num leilão, do recheio da casa, que aconteceu pouco depois da compra da quinta. A essas peças juntámos peças de antiguidades sobretudo de estilo Dona Maria.
Para a decoração da casa escolhemos vários papéis de parede e tecidos de influência inglesa para evocar o seu ambiente original.
A decoração das paredes da casa incluem alguns quadros que o Esporão também conseguiu adquirir no leilão que aconteceu depois da compra da casa. Muitas das obras que estão hoje nas paredes foram pintadas por artistas que frequentaram a casa e que se inspiraram nas paisagens da quinta.
Convidámos a artista Henriette Arcelin a produzir algumas obras especificamente para a Quinta dos Murças. Demos-lhe como premissa algumas páginas do livro de referência O Portugal Vinícola de 1900 e algumas folhas da região do Douro na qual a artista fez ilustrações inspiradas nas vinhas da quinta.
Para a sala de provas, o arquitecto Pedro Jervell desenhou uma mesa de carvalho e latão» Ana Anahory e Felipa Almeida do atelier AnahoryAlmeida.