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Com um estilo contemporâneo e perfil elegante e intenso, estes vinhos mostram o carácter de talhões selecionados e bem definidos na Herdade.
O ano agrícola de 2021 foi um ano chuvoso. Durante o repouso vegetativo (Outono – Inverno) foram registados valores de precipitação mais elevados que a média dos últimos 22 anos, sendo que as temperaturas se mantiveram amenas. Estes valores de precipitação levaram a que, aquando do inicio do ciclo vegetativo (Primavera), praticamente todos os solos apresentassem as suas reservas hídricas completamente restabelecidas. O abrolhamento ocorreu mais cedo, e as temperaturas mais altas verificadas durante a Primavera aceleraram o desenvolvimento vegetativo até à floração. No verão as temperaturas mais amenas contribuíram para um desenvolvimento regular do ciclo vegetativo, permitindo que as maturações decorressem regulares e equilibradas.
GEOLOGIA DO SOLO
Natureza granítica com transição para xistosa, estrutura franco-argilosa.
IDADE DAS VINHAS
13 anos.
Colheita em separado de cada casta, desengace, esmagamento, fermentação alcoólica em cubas de inox com temperaturas controladas (22 a 25oC), prensagem seguindo-se a fermentação maloláctica em cuba de inox.
No século XIII, D. João de Aboim, descendente de Egas Moniz e figura central no tempo do rei D. Afonso III, formou, a partir de vários territórios doados pelos concelhos de Monsaraz e de Portel, a Defesa do Esporão – uma das mais antigas propriedades no Sul de Portugal.
As Defesas eram grandes propriedades coutadas, defendidas das pastagens de gado vindo de outras paragens, e estão directamente ligadas à formação de Portugal, no período da reconquista cristã do Sul. Exemplos de sistemas agrosilvopastoris, as Defesas caracterizavam-se por uma diversidade de utilização. Derivando do bosque mediterrânico, as Defesas conquistaram, nesses tempos fundadores, terrenos aos bosques para pastagens.
A Defesa do Esporão foi um dos grandes exemplos deste tipo de propriedades ligadas à formação de Portugal. A sua delimitação por carta de finais do século XIII, guardada na Torre do Tombo, permanece até hoje inalterada com séculos de práticas agrosilvopastoris, baseadas na conservação da biodiversidade e numa multifuncionalidade que o Esporão continua hoje a eleger como boa prática na protecção do nosso ecossistema.
Sandra Alves e João Ramos
Rubi intensa.
Intenso a frutos silvestres e ameixa vermelha, com algumas notas de bosque fresco.
Rico e intenso, com uma textura vibrante e um final longo e equilibrado.